Abel Ferreira elogia dupla do Palmeiras e analisa vitória contra Cerro: "Ficou do nosso jeito após a expulsão"
Por Redação
24/05/2023 às 22:29
São Paulo, SP
Após a partida, em entrevista coletiva, o técnico Abel Ferreira elogiou a dupla do Alviverde. Sobre Artur, o português enalteceu as capacidades ofensivas e defensivas do atleta.
LEIA MAIS
Pintou notificação! Rony marca contra Cerro Porteño e encerra jejum de 11 jogos sem gol pelo Palmeiras
Artur festeja atuação e reconhece "passo muito importante" do Palmeiras na Libertadores
"Para a imprensa brasileira, já falei sobre um jogador ser 50% ou 100%. 50% é o típico jogador brasileiro, que é muito bom de bola, mas esquece das tarefas defensivas. Hoje, no futebol moderno, só talento não ganha jogo. Pode fazer gols, assistências, dribles, mas é preciso ajudar a defender. Nas melhores equipes do mundo — do Guardiola, do Klopp —, todos atacam e todos defendem. Eu não ensinei nada a ele (Artur). Trabalhamos há dois meses, mais ou menos. Isso foi dos treinadores anteriores dele. Só virei e disse: 'joga'. Conhece o clube, a casa, e tem aquilo que nós gostamos: ataca, defende, cruza, faz gols... o que pedimos era um ponta que faça gols e assistências, é isso que gosto de ver. Agradecer ao (Anderson, diretor de futebol) Barros e a Leila (Pereira, presidente), que fizeram o esforço para contratar um jogador que não deixa dúvidas para ninguém", afirmou.
Com relação a Rony, Abel compartilhou história pessoal com o jogador para exemplificar a importância da perseverança em meio às dificuldades. Contra o Cerro, o atacante findou incômodo jejum de 11 partidas sem marcar pelo Palmeiras.
"Rony, como todos os atacantes, tem momentos. Momentos inspirados, outros nem tanto — como foi aquela chance que perdeu. Se fosse no treino, ia dar uma sapatada nele, mas com carinho. Dizer: 'não pode errar essa'. Mas ele trabalha muito. Falei com ele sim. Ás vezes, procuramos sempre por desculpas na nossa vida quando as coisas não estão bem. Focamos atenção fora, e não dentro de nós. Fiz uma pergunta a ele hoje de manhã. Perguntei: 'você está fazendo de tudo?' Ele estava, e disse que não precisava se preocupar. 'Olha primeiro para dentro — se você for Rony, não o 'Rústico', e sim o 'Guerreiro', o gol vai aparecer de forma natural'. Ficamos muito felizes por ele, pela forma com a qual os colegas dele comemoram o gol também. Feliz por ele, pela equipe. Nossos jogadores merecem pelo quanto se dedicam. É um orgulho muito grande ser treinador desse grupo", disse o português.
Abel, por fim, fez sua análise da performance do Verdão perante o rival paraguaio. E admitiu: a expulsão de Báez, aos 14 minutos de jogo, facilitou as coisas para a equipe palestrina.
"Em relação ao jogo: ficou do nosso jeito depois da expulsão do adversário. Jogo que se previa ser difícil, mas com um a mais, poderíamos ter resolvido logo no primeiro tempo. Deveríamos, pelas oportunidades que criamos, vir com um resultado mais gordo para o intervalo. Isso não aconteceu. No segundo tempo, com calma e a nossa maneira de atacar e defender — subimos o Veiga para não deixar nosso adversário gostar do jogo. Foi uma vitória justa, mas facilitada pela expulsão", cravou o técnico do Palmeiras.
