"A gente deu mais uma soltada para tirar toda a carga do vôo, os últimos ajustes para dar uma suada logo que já tem pesagem. Foi mais para dar uma movimentada. O treino em si a gente já fez cada um no seu clube, chegamos bem preparados e vamos para cima, torcendo pro Brasil sair daqui com muitos ouros", comentou Daniel Cargnin (73kg), que é tricampeão pan-americano no 66kg, mas ainda busca sua primeira medalha continental no 73kg.
Em 2022, ele sentiu uma lesão no Pan de Lima, e foi poupado da disputa pelo bronze, terminando em quinto lugar.
Brasil “abaixo de zero”
O treino de reconhecimento do tatame serviu também para a Seleção se aclimatar à temperatura ambiente do ginásio. A área de competição foi adaptada em cima de uma pista de gelo que costuma receber jogos de hóquei, um dos esportes mais tradicionais do Canadá.
"Não tem como não sentir o clima, está bem frio aqui. O tatame é em cima de uma pista de gelo, mas é um bom estímulo para a gente ir mais forte, se dedicar na competição. A equipe do Brasil está com força total e eu acredito em excelentes resultados", ponderou a experiente Ketleyn Quadros (63kg), que foi campeã pan-americana em 2021 e acabou ficando em 5º lugar no ano passado.
PL▶️Y NO PAN
O🥋 invadiu a terra do hóquei 🏒
A partir de sexta, tem #brasiljudo no Pan-Americano de Calgary 🇨🇦
Hoje,treinamos no local da competição, que tem uma curiosidade BEM diferente 🧊 ❄️ @dadscargnin , @KetleynQ e @wlima66 falaram sobre suas primeiras impressões 👇🏽 pic.twitter.com/l9rkvX2gvm
— CBJ (@JudoCBJ) September 13, 2023
Apesar das condições atípicas, os brasileiros sabem que precisarão se superar para buscar as medalhas e os pontos importantíssimos do pan-americano, que valem muito na classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os 700 pontos do título pan-americano podem entrar como sexto ponto no ranking mundial e impulsionar os atletas até a zona de ranqueamento olímpico (18 primeiros por categoria).
"São pontos importantes para, primeiramente, classificar para as Olimpíadas e ainda tentar chegar como cabeça-de-chave. Vai ser uma competição difícil, mas temos potencial para sair daqui com a medalha de ouro", avaliou Willian Lima (66kg), número 12 do mundo, e dono de um ouro (2021) e um bronze (2022) em pan-americanos sênior.
Em 2022, o Brasil conquistou 15 medalhas no Pan de Lima, sendo sete de ouro, cinco de prata e três bronzes. Dos sete atuais campeões, quatro tentarão defender seus títulos em Calgary: Larissa Pimenta (52kg), Beatriz Souza (+78kg), Guilherme Schimidt (81kg) e Mayra Aguiar (78kg), que fará sua primeira competição em 2023.
Jéssica Lima (57kg) e Eric Takabatake (66kg) não estão entre os convocados e Amanda Lima (48kg), que foi convocada para Calgary, acabou sendo cortada por lesão. Em seu lugar, a CBJ convocou a novata Nauana Silva (63kg), que já estava no Canadá para o Pan Júnior, onde foi campeã, e fará sua estreia na equipe principal. Ela venceu a última seletiva nacional deste ano e garantiu um lugar na seleção.
Confira abaixo a agenda completa do Pan-Americano em Calgary
15 de setembro (sexta-feira)
Natasha Ferreira (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Jéssica Pereira (52kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Nauana Silva (63kg), Matheus Takaki (60kg), Michel Augusto (60kg), Willian Lima (66kg) e Daniel Cargnin (73kg).
16 de setembro (sábado)
Luana Carvalho (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Beatriz Souza (+78kg), Guilherme Schimidt (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva (+100kg)
17 de setembro (domingo)
Equipes Mistas - Rodízio entre Brasil, Cuba e Canadá
Preliminares: 13 horas (de Brasília)
Finais: 19 horas