FIFPRO is shocked and sickened by reports that professional footballer Amir Nasr-Azadani faces execution in Iran after campaigning for women’s rights and basic freedom in his country.
We stand in solidarity with Amir and call for the immediate removal of his punishment. pic.twitter.com/vPuylCS2ph
— FIFPRO (@FIFPRO) December 12, 2022
“O FIFPro está chocado e enojado com as notícias de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e liberdades fundamentais no país. Somos solidários a Amir”, escreveu a instituição em sua conta no Twitter.
Esta reação ocorre depois do clamor causado no exterior após a execução no Irã nos últimos dias de dois jovens presos durante as manifestações motivadas pela morte em 16 de setembro de Mahsa Amini. A iraniana curda, de 22 anos, morreu após ser presa pela polícia moral, por violação do estrito código de vestimenta da República Islâmica.
Amir Nasr-Azadani, zagueiro do Iranjavan e que chegou a atuar no sub-16 da seleção iraniana, iniciou a sua carreira como jogador na equipe de Teerã, Rah-Ahan, com quem estreou na Premier League local.
O ex-astro da seleção iraniana Ali Karimi, fervoroso defensor dos protestos, apoiou o jogador com um tuíte: “Não executem Amir”.
O chefe da Autoridade Judiciária de Ispahan (centro-oeste), Abdullah Jafari, indicou no domingo que o futebolista, detido desde 18 de novembro, estava sendo acusado de pertencer a um grupo de nove pessoas que tentou atacar os “fundamentos da República Islâmica do Irã”, segundo a agência Isna.
"Amir e outras três pessoas originaram um protesto ocorrido em 16 de novembro em Ispahan", durante o qual três agentes de segurança foram mortos, segundo Jafari.
Amir Nasr-Azadani é suspeito de estar envolvido na morte de um dos três agentes de segurança, segundo a agência de notícias Tasnim. Pelo menos 458 pessoas morreram na repressão às manifestações, segundo balanço da ONG Iran Human Rights (IHR), e ao menos 14 mil pessoas foram detidas segundo a ONU.