Diniz reconhece dificuldades do Brasil contra o Peru, mas destaca vitória "por mérito" nas Eliminatórias - Gazeta Esportiva
Diniz reconhece dificuldades do Brasil contra o Peru, mas destaca vitória "por mérito" nas Eliminatórias

Diniz reconhece dificuldades do Brasil contra o Peru, mas destaca vitória "por mérito" nas Eliminatórias

Gazeta Esportiva

Por Redação

13/09/2023 às 01:40

São Paulo, SP

Segundo o técnico Fernando Diniz, a Seleção Brasileira inegavelmente enfrentou diversas dificuldades contra o Peru, mas ainda assim mereceu sair do Estádio Nacional, em Lima, com o triunfo na bagagem. Pela segunda rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, a 'Amarelinha' venceu nesta terça-feira (12) por 1 a 0: Marquinhos marcou, de cabeça, aos 44 minutos do segundo tempo.

De acordo com o treinador, o Brasil esbarrou tanto em questões táticas — aceleração em demasia da partida, erros de passes — quanto em problemas que vão além das quatro linhas.

"Jogadores vão entender, algumas vezes não precisa nem de muita gente para fazer superioridade. É mais sobre ocupação de espaços. Tempo de passar, reter, circular a bola. No segundo, mais do que no primeiro tempo, tentamos acelerar demais, tínhamos a dificuldade do campo. Não tivemos paciência para desmanchar a marcação aos poucos. Dificultou nosso jogo. Muitos erros de passe, certamente pelo estado do campo também — muito diferente do que os jogadores estão acostumados. Belém já é diferente da Europa, tipo de grama totalmente diferente", analisou Diniz.




"Vitória é muito importante, sempre é importante vencer. Vencemos com mérito. Se no jogo da Bolívia tivemos descuido defensivo, hoje a defesa foi impecável. Peru não chutou uma bola no gol. Time atento e compenetrado para se ajudar na marcação e eu gostei muito", elogiou o treinador.

Além disso, a arbitragem de Fernando Rapallini (ARG) também representou uma dificuldade ao Brasil — ao menos, na visão de Diniz.

"Não queria falar da arbitragem, mas não vou fugir da questão. Coisa que mais me irrita é ficar picotando o jogo e o juiz ser conivente com jogo parado. Ruim para quem quer jogar, para quem assiste, para quem paga ingresso. Difícil achar um árbitro que cobre celeridade. Naquele momento que parou o jogo no primeiro tempo, estávamos bem, criando. Deu uma esfriada. Em termos de conceito, é até o que Fifa e Uefa querem... um lance duvidoso assim (gol anulado de Richarlison) não tem que ser pró-Brasil, é pró-ataque. Quando decidiram que seria invalidado, atmosfera ficou contra. Torcida do Peru voltou completamente para o jogo, e facilitou para eles. Nesse sentido, arbitragem teve interferência no jogo que eu gostaria que não tivesse, principalmente pela questão do tempo", concluiu.

Confira todas as respostas de Fernando Diniz na entrevista coletiva:


"Jogadores vão entender, algumas vezes não precisa nem de muita gente para fazer superioridade. É mais sobre ocupação de espaços. Tempo de passar, reter, circular a bola. No segundo, mais do que no primeiro tempo, tentamos acelerar demais, tínhamos a dificuldade do campo. Não tivemos paciência para desmanchar a marcação aos poucos. Dificultou nosso jogo. Muitos erros de passe, certamente pelo estado do campo também — muito diferente do que os jogadores estão acostumados. Belém já é diferente da Europa, tipo de grama totalmente diferente."

"Vitória é muito importante, sempre é importante vencer. Vencemos com mérito. Se no jogo da Bolívia tivemos descuido defensivo, hoje a defesa foi impecável. Peru não chutou uma bola no gol. Time atento e compenetrado para se ajudar na marcação e eu gostei muito."

"Com o tempo, podemos ir adequando. Sabendo junto do Neymar a melhor estratégia para evitar o número excessivo de faltas. Depende da arbitragem. Hoje, ele não caiu nenhuma vez. Toda vez que caiu, foi falta. Caiu, levantou rápido. Treinamos bastante, tanto em Belém como aqui, a bola aérea. Define campeonato, jogo. Soubemos defender bem, tivemos chances claras, gols anulados. Acabamos fazendo pela persistência e merecimento."

"Circulou mais a bola no segundo tempo, nem acho que foi assim. Aceleramos muito. Erramos boa parte dos passes por tentar verticalizar demais, uma característica do time, e quero potencializar isso. Para ter sucesso, precisamos porém de paciência agressiva. Saber desmanchar para aproveitar características dos jogadores hábeis e inteligentes. Foi um time que mereceu ganhar, tivemos muita imposição — ainda que pese os erros de passe. Aceleramos sempre que possível e foi uma vitória muito merecida."

"Já falei dessa questão, estou tranquilo. Na Seleção, não trato do Fluminense e lá, não trato de Seleção. Um ou dois dias mais distantes dos jogos, vamos até a CBF para trocar informações. Gosto muito de ser técnico, está sendo gostoso (dividir funções). Trabalhoso, mas amo fazer"

"Não queria falar da arbitragem, mas não vou fugir da questão. Coisa que mais me irrita é ficar picotando o jogo e o juiz ser conivente com jogo parado. Ruim para quem quer jogar, para quem assiste, para quem paga ingresso. Difícil achar um árbitro que cobre celeridade. Naquele momento que parou o jogo no primeiro tempo, estávamos bem, criando. Deu uma esfriada. Em termos de conceito, é até o que Fifa e Uefa querem... um lance duvidoso assim (gol anulado de Richarlison) não tem que ser pró-Brasil, é pró-ataque. Quando decidiram que seria invalidado, atmosfera ficou contra. Torcida do Peru voltou completamente para o jogo, e facilitou para eles. Nesse sentido, arbitragem teve interferência no jogo que eu gostaria que não tivesse, principalmente pela questão do tempo."

"Esperava dificuldades no jogo contra o Peru, falei isso desde o jogo contra a Bolívia. Existe rivalidade importante, fizeram semifinal de Copa América, final de Copa América, amistoso nos EUA que o Peru venceu. Respeitamos muito. Jogador que entrou (Grimaldo) não mudou nossos planos, sabíamos da velocidade, mas não mudamos nossa maneira de jogar. Ficamos apenas atentos."

Conteúdo Patrocinado