As partes não revelaram o valor da transação, mas segundo a mídia local, a organização estrangeira prometeu pagar 1 bilhão de reais (cerca de 199 milhões de dólares pelo câmbio atual), que inclui dinheiro para pagar dívidas, comprar jogadores e investir em infraestrutura.
"O Bahia é excepcional pelo seu tamanho, pela sua torcida, e assim será o segundo maior clube do grupo", disse o diretor-executivo do Grupo, Ferran Soriano, em entrevista coletiva na capital baiana.
"O grupo vê no Bahia e no futebol brasileiro a maior oportunidade de crescimento do mundo. Vai depender de nós e de outros clubes brasileiros fazer crescer a liga como merece", acrescentou, esclarecendo que o fortalecimento da equipe será escalonado.
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Com sua chegada ao Brasil, maior exportador mundial de jogadores de futebol e cujo campeonato vem se fortalecendo nos últimos anos, o Grupo City tem alguma participação em treze clubes de quatro continentes, entre eles os sul-americanos Montevideo City Torque (Uruguai) e Bolívar (Bolívia).
O Bahia conquistou o Campeonato Brasileiro em 1959 e 1988, e teve participações esporádicas nas Copas Libertadores e Sul-Americana. Atualmente está na 15ª posição do Brasileirão, com três pontos em três jogos.
Soriano garantiu que o clube não se tornará um simples satélite do conglomerado, controlado principalmente pelo xeque dos Emirados Árabes Mansour bin Zayed Al Nahyan, para transferir atletas ao "Velho Continente".
"O objetivo não é encontrar talento e mandar para a Europa. O talento tem que jogar aqui, tem que ser campeão e, talvez, alguns deles irem para a Europa depois", assegurou.
A oficialização da compra põe fim a mais de um ano de aproximação entre as partes, em que o Grupo City já vinha tomando decisões desde o final da temporada passada. A entidade apresentou uma proposta em setembro, que foi aprovada por 99% dos sócios em dezembro e obrigou o time a se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF).
A SAF é uma figura jurídica aprovada em 2021 para estimular a transformação de clubes em empresas, proporcionando benefícios de saneamento financeiro. Por meio dela, grandes capitais chegaram ao futebol brasileiro, inclusive o do ex-astro Ronaldo Fenômeno, dono do Cruzeiro.
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