Jogadora da Seleção de handebol lamenta poucas oportunidades no Brasil - Gazeta Esportiva
Jogadora da Seleção de handebol lamenta poucas oportunidades no Brasil

Jogadora da Seleção de handebol lamenta poucas oportunidades no Brasil

Gazeta Esportiva

Por Redação

19/01/2016 às 10:41

São Paulo, SP

Célia Coppi é uma das poucas jogadoras da Seleção que atuam no Brasil (Foto: CBHb/Divulgação)
Célia Coppi é uma das poucas jogadoras da Seleção que atuam no Brasil (Foto: CBHb/Divulgação)


Eliminada pela Romênia nas oitavas de final do Mundial da Dinamarca em 2015, a Seleção Brasileira feminina de handebol acabou se despedindo do torneio antes do imaginado. Campeãs da competição em 2013, quando bateram a Sérvia na casa das adversárias, as meninas do Brasil ainda não colheram os frutos do ótimo trabalho recente que vêm realizando junto ao técnico dinamarquês Morten Soubak.

Célia Coppi é uma das jogadoras que integraram a Seleção Brasileira feminina de handebol nos últimos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, e no Mundial da Dinamarca. A ponta direita faz parte de um grupo pequeno de atletas que competem em alto nível e ainda atuam no Brasil, que oferece poucas oportunidades para quem deseja se profissionalizar na modalidade.

“Se a gente ganhava ou perdia não importava, mas aí eu voltei pra Seleção após o ouro, e você via um monte de gente criticando, me senti uma jogadora de futebol. Eu recebi críticas, e essa mudança foi muito importante. Ter saído nas oitavas de final para a Romênia foi doído, esperávamos ir mais longe, estávamos bem como grupo, e com essa cobrança de todo mundo de fora você não conseguir o resultado que planejou foi decepcionante. Mas o trabalho continua e vamos trazer mais uma medalha para o Brasil neste ano”, disse Célia em entrevista ao programa Primeiro Tempo.

Apesar da maior repercussão da mídia após o título mundial brasileiro no handebol, Célia Coppi revelou que os investimentos no país ainda são muito pequenos e as meninas que sonham em se tornar jogadoras profissionais precisam sair do país e atuar longe de casa para ter sucesso.

“Após o título mundial não melhorou o investimento. Antes falavam que precisávamos de resultados, nós tivemos, mas em relação a clubes não melhorou. Muitos times acabando, muitas meninas indo embora e no Brasil a situação ainda não está boa em relação a investimentos. Tem meninas novas que ou elas param de jogar ou elas vão embora, então a gente acaba não fortalecendo os campeonatos daqui do país”, criticou.

Célia também declarou que a estrutura que está sendo oferecida para a Seleção Brasileira é muito boa e a vinda de um técnico estrangeiro acrescentou e muito para o sucesso da equipe. Até as Olimpíadas as jogadoras deverão se reunir durante dez dias, uma vez por mês, para realizar períodos de treinamentos e chegar bem para a conquista do principal objetivo, que é a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

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