Estados Unidos, Jamaica e Japão se qualificaram na série 1 fazendo uma chegada que mais parecia uma final. O Brasil correu na série 2, na raia 4, com Paulo André Camilo de Oliveira, Felipe Bardi, Erik Cardoso e Rodrigo do Nascimento, mesma formação usada pelo treinador Victor Fernandes no Sul-Americano, em julho, em São Paulo. Itália, África do Sul e Grã-Bretanha se qualificaram nas três primeiras posições. A delegação brasileira, quarto na série, avançou por tempo, com 38s19, assim como a França (37s98).
A equipe soube na zona mista que havia se qualificado. "Não queríamos ter chegado com o último tempo, treinamos muito. Temos muito a mudar. Vamos ver com detalhes o que cada um sentiu. Mas é hora de virar a página, a gente está treinado e bem", afirmou Rodrigo. "Objetivo de fazer a final atingido. Vamos conversar sobre o que erramos e o que melhorar", disse Felipe Bardi. "A gente vem fazendo um bom trabalho, este time correndo com essa formação é novo, mas a gente vai melhorar", completou Erik.
Paulo André, o PA como ficou conhecido no Brasil ao ser vice-campeão do BBB, está abrindo o revezamento e correu na curva. "É um ciclo novo, o treinador optou por mudar e nós respeitamos a ideia dele. Eu entro na pista para dar o meu máximo. Agora é sentar, botar a cabeça no lugar para alcançar o objetivo. Não foi um bom tempo, tem de pensar grande, consertar os erros para a final", opinou. Ele observou que o Brasil não pode deixar de pensar que "na final são oito equipes, oito chances de medalhas".
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Demais resultados do Brasil no Mundial de Atletismo
Com Gabriela Mourão, Vitória Rosa, Ana Carolina Azevedo e Rosângela Santos o time feminino do Brasil ficou na oitava posição no revezamento 4x100 m (43s46) e não avançou para a final. Os Estados Unidos ficaram em primeiro (41s59) após as duas séries. "Nós entramos com garra e vontade de ir para a final. Não saímos satisfeitas com o resultado, mas brigamos para estar nessa final. Temos o Pan – vamos defender nosso título – é continuar trabalhando e buscar ouro no Pan", disse Rosângela.
Jucilene Sales de Lima ficou em oitava na final do lançamento do dardo, com 60,34 m. A japonesa Haruka Kitaguchi conquistou a medalha de ouro (66,73 m), a colombiana Flor Denis Hurtado ficou com a prata (65,47 m) e a australiana Mackenzie Little, com o bronze (63,38 m).
"Estou muito, mas muito feliz de ficar entre as oito primeiras do mundo. Cheguei aqui como a 15ª. O meu objetivo era ficar entre as 12, depois entre as oito e foi alcançado. Cabia mais? Sim, é óbvio que cabia mais, mas foi o que Deus preparou para mim e estou muito grata", disse Jucilene, agradecendo a torcida, especialmente de familiares e amigos. "Só eu sei o quanto é difícil chegar até aqui. Muita gratidão", comemorou a brasileira.
Flávia Maria de Lima ficou em 17º lugar na semifinal dos 800 m, com 2min00s77. A melhor marca da etapa semifinal foi Mari Moora, do Quênia, com 1min58s48. “Foi muito bom fazer uma sequência de dois tiros na casa dos 2:00 e sei que com a continuidade do trabalho posso sonhar com uma final olímpica”, disse Flávia.
Brasileiros não avançam no dardo
Na etapa da manhã desta sexta, três brasileiros que disputaram as provas de qualificação não avançaram para as finais. O melhor resultado foi obtido pelo mineiro Luiz Maurício Dias da Silva, que terminou o grupo B do lançamento do dardo em 12º lugar e em 20º no geral, com 77,70 m.
No grupo A, o amazonense Pedro Henrique Nunes, recordista brasileiro com 83,89 m, terminou na 17ª colocação – 34ª no geral -, com 72,34 m. O indiano Neeraj Chopra conseguiu o melhor resultado do dia e do ano, com 88,77 m.
Já no salto em altura, a paranaense Valdileia Martins ficou em 13º lugar no grupo A e em 27º no geral, com 1,85 m, bem próximo do 1,86 m, seu melhor resultado nesta temporada. Oito atletas passaram a barreira de 1,92 m e estão na final de domingo (27/8).
