Após beijar jogadora, presidente da Federação Espanhola é acusado de assédio por ex-funcionária - Gazeta Esportiva
Após beijar jogadora, presidente da Federação Espanhola é acusado de assédio por ex-funcionária

Após beijar jogadora, presidente da Federação Espanhola é acusado de assédio por ex-funcionária

Gazeta Esportiva

Por Redação

23/08/2023 às 10:18 • Atualizado: 23/08/2023 às 10:45

São Paulo, SP

Só aumenta a crise em torno de Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF). Em meio à polêmica do beijo em Jenni Hermoso, durante a premiação da Copa do Mundo feminina, o dirigente virou alvo de uma denúncia de assédio.

A diretora-geral do sindicato Futbolistas ON, Tamara Ramos confessou que foi vítima de Rubiales quando os dois trabalhavam juntos na Associação de Jogadores de Futebol Espanhóis (AFE).

"Sofria humilhações, foi uma barbaridade. Não me surpreende em nada o que aconteceu, porque eu já o conheço a anos e sei muito bem o que sofri. O que me surpreendeu é que ele tenha feito isso em público", declarou Ramos em entrevista ao programa de TV espanhol El Programa del Verano.

Tamara ainda afirmou que o dirigente já chegou a constrangê-la perguntando a cor de sua roupas íntimas, além de proferir outros comentários sexistas.



Após o beijo de Rubiales em Hermoso, houveram diversos pedidos para que o presidente renunciasse ao cargo. A Federação Espanhola anunciou a convocação de uma Assembleia-Geral Extraordinária para esta sexta-feira, com caráter de urgência, para abordar o tema.

Na última segunda-feira, o dirigente se pronunciou através de um vídeo e se desculpou pelo ocorrido. Mas de acordo com o site Relevo, as declarações atribuídas à Hermoso que foram divulgadas pela RFEF não foram escritas por ela, mas sim pelo departamento de comunicação da entidade.

"Foi um gesto mútuo e totalmente espontâneo pela alegria imensa de ganhar um Mundial. O presidente e eu temos uma grande relação, seu comportamento com todas nós foi nota dez. Foi um gesto natural de carinho e agradecimento", teria dito a jogadora, segundo a Federação Espanhola.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez considerou o gesto como "inaceitável" e classificou o pedido de desculpas de Rubiales como "insuficiente". Já a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, disse que o dirigente "deve renunciar". Seu mandato se estende até 2024.

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