Ex-jogadora da Seleção Brasileira e uma das pioneiras do futebol feminino no Brasil, Iracema Ferreira, conhecida como Rata, demonstrou confiança na participação da equipe na Copa do Mundo que está prestes a começar. Ela esteve presente em um evento da Visa, nesta quarta-feira, com o intuito de promover ainda mais a participação das mulheres no esporte.
Rata, que defendeu a Amarelinha no fim da década de 1980 e início de 1990, luta por cada vez mais reconhecimento e visibilidade ao futebol feminino. Ela, portanto, foi convidada para acompanhar o Mundial de 2023 in loco, na Austrália e Nova Zelândia. A competição será disputada entre os dias 20 de julho e 20 de agosto.
Quando questionada sobre suas expectativas para o Brasil no torneio, respondeu: “Vamos ganhar! Agora que eu vou, vamos ganhar. Vou estar lá torcendo muito para que as meninas levem essa taça”.
Natural de Bangu, no Rio de Janeiro, Rata enfrentou todo e qualquer tipo de adversidade para tornar-se uma jogadora de futebol. Quando mais nova, aos 12 anos de idade, a ex-atleta sofreu com a reprovação do pai, que não desejava ter uma filha que praticasse o esporte, chegando a ser expulsa de casa.
Persistente, ela ingressou como jogadora de futebol profissional em 1981, no Esporte Clube Radar, de Copacabana, um antigo time que dominava a modalidade naquela época. Ganhou o apelido de “Rata” por atuar como zagueira e ter facilidade para desarmar as adversárias.
A ex-defensora, por fim, se mostrou contente com o caminho que o futebol feminino tem percorrido nos últimos anos e recordou os problemas que passou para atingir suas conquistas.
“Eu passei por muita coisa para estar aqui. Fico muito feliz pelo trabalho que é feito com essas meninas de hoje em dia, tenho certeza que elas vão crescer muito diferentes. Isso que eu estou dizendo aqui agora é um grito, que vem das pioneiras, um grito de liberdade”, declarou.
Neste ano, a Seleção Brasileira feminina buscará seu primeiro título mundial. A equipe de Pia Sundhage vem de um vice-campeonato na Finalíssima, contra a Inglaterra, e da conquista da Copa América em 2022.