Duda é exemplo de superação e inclusão na São Silvestrinha - Gazeta Esportiva
Duda é exemplo de superação e inclusão na São Silvestrinha

Duda é exemplo de superação e inclusão na São Silvestrinha

Gazeta Esportiva

Por Gabriel Ambrós

23/12/2019 às 08:00 • Atualizado: 23/12/2019 às 14:43

São Paulo, SP



A São Silvestrinha pode significar muito mais que um troféu de 1º colocado. A prova, que chegou a sua 26ª edição no último domingo, no Memorial da América Latina, Zona Oeste de São Paulo, é, antes de tudo, uma oportunidade inclusiva para diversos jovens que querem entrar na pista e correr.

Entre mais mais de mil crianças participantes, Maria Eduarda Mota, a Duda, foi um dos destaques do domingo. A jovem, que faz parte da ONG Empresto Minhas Pernas, correu a bateria de 600m pela primeira vez por contra própria, com uma prótese na perna direita.

(Foto: Sérgio Shibuya/Divulgação)


Foi a primeira vez que Duda participou da São Silvestrinha. Nos últimos oito meses, a jovem paulistana passou a participar dos treinos da ONG, que também marca presença em Santos, Sorocaba, Praia Grande, Jundiaí, Niterói e Porto-POR. A ideia é prestar apoio, orientar e incentivar jovens cadeirantes e com deficiência a correr.

"O projeto significa liberdade, convivência. Eu me sinto muito bem quando estou em grupo, principalmente com essa turma. Não tenho palavras para descrever isso", contou Duda.




"É nossa quarta São Silvestrinha. A gente faz questão de estimular os pais a dar o exemplo para as crianças de que o esporte tem que começar cedo, para dar qualidade de vida, saúde. E como a gente tem um projeto de convivência de crianças com e sem deficiência, a gente faz questão que as crianças com deficiência venham participar", contou o criador do projeto, Stefan Lins e Silva.

"Nosso projeto não tem objetivo de pódio, o importante é que todo mundo venha participar. Para quem não tem condição, nosso projeto tem triciclos adaptados para que os pais ou uma outra criança possa empurrar", completou o idealizador da ONG.

(Foto: Gabriel Ambrós/Gazeta Esportiva)


Após cruzar a linha de chegada, Duda se emocionou com o feito. "Estou emocionada porque eu tenho um ritmo diferente das outras pessoas e eu ainda não treino para corrida, ainda sou sedentária comparada as outras pessoas, mas só de ter participado, acho que vale a experiência", contou.

"E foi ótimo, mesmo tendo acontecido algumas coisas que são normais do corpo sentir, por conta da diferença da falta de treinamento. Mas foi bom e espero ser melhor nas próximas, vou treinar para isso", seguiu.

(Foto: Reprodução)


A jovem ainda terminou o trajeto em alto astral, sambando ao cruzar a linha de chegada. Duda explica que isso é uma tradição dos treinos da ONG. "Durante os treinos, a gente para em um momento para descontrair, para brincar junto com as crianças, e eles estavam pedindo que eu sambasse para representar; e aí eu sambei, mesmo passando mal, mas sambei", brincou Duda.

A São Silvestrinha nasceu em 1994 como proposta de ser a versão infanto-juvenil da mais importante prova de rua da América Latina, a Corrida Internacional de São Silvestre.

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