Com a palavra, Gianluca Pagliuca - Gazeta Esportiva
Bruno Ceccon e Felipe Zboril
São Paulo, SP
07/16/2019 09:00:33
 

Convocado para três edições da Copa do Mundo, Gianluca Pagliuca foi um dos melhores goleiros do futebol italiano nos anos 1990. O ex-atleta, escalado como titular em 1994, reconhece a superioridade do Brasil na decisão disputada há 25 anos e elogia o time armado por Carlos Alberto Parreira, por muitos considerado sem brilho.

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“Minhas recordações da final de 1994 são uma grande emoção e uma angústia desconcertante”, declarou Pagliuca em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva. “Na final, o Brasil jogou melhor do que nós”, acrescentou o ex-goleiro da seleção italiana.

Utilizado desde o início da Copa do Mundo pelo técnico Arrigo Sacchi, Pagliuca acabou expulso ainda no primeiro tempo do jogo diante da Noruega, pela segunda rodada. Substituído por Luca Marchegiani frente a México e Nigéria, ele voltou apenas contra a Espanha, nas quartas de final.

Na decisão, Pagliuca quase entregou o ouro para o Brasil. Em um chute de fora da área do volante Mauro Silva, o goleiro deixou a bola escapar e foi salvo pela trave direita, a quem achou justo agradecer com um gesto. Por outro lado, em uma jogada arrojada, impediu Romário de marcar.

Nos pênaltis, Pagliuca chegou a defender a cobrança de Márcio Santos, mas viu os companheiros Franco Baresi, Daniele Massaro e Roberto Baggio desperdiçarem. “O Brasil tinha uma grande equipe e uma vitória deve ser sempre celebrada”, opinou o ex-goleiro sobre o time de Parreira.

Gianluca Pagliuca viu sua seleção cair nos pênaltis nas Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998. Dentro de casa, com Walter Zenga como titular, a Itália perdeu para a Argentina na semifinal. Na França, Pagliuca defendeu a cobrança de Bixente Lizarazu, mas o país sede triunfou nas quartas.

Dono de medalhas de bronze (1990) e prata (1994) na Copa do Mundo, Pagliuca passou por Sampdoria, Internazionale, Bologna e Ascoli até encerrar a carreira, em 2007. Hoje com 52 anos, ele atua como preparador de goleiros nas categorias de base do Bologna, time de sua cidade natal.